18 Dicas de Design de Marcas do Brand Impact Awards

18 Dicas de Design de Marcas do Brand Impact Awards

O jurado Nick Carson da Computers Artes e Brand Impact Awards decidiu abrir o bico e revelar como alguns projetos de logo chegaram ao topo do mundo! Quer saber como?

É só seguir a dica do lendário Michael Bierut: seja um designer que saiba mais ler do que desenhar. (No caso, ler essas dicas premiadas logo abaixo!)

Tópicos do Artigo 

Conheça a Concorrência [1]

CLIQUE ↑: O que aprendi sobre Branding trabalhando na Apple e Starbucks ◄

Conhecer a marca do seu cliente é importante, porém mais importante ainda é conhecer profundamente o mercado e todos que estão competindo nele.

Essa pesquisa de concorrentes vai te mostrar os diferenciais de cada um e quais são as convenções do nicho, permitindo que você tome um dos seguintes caminhos:

  • Seguir o padrão gráfico e entrar com um diferencial (o que é bom para empresas mais tradicionais, por exemplo);
  • Ou chegar quebrando as regras e introduzindo algo completamente novo (como a Apple fez em 76 com seu logo colorido).

Seja flexível [2]

Você não deve nada a ninguém, inclusive nem a você mesmo! Por isso lembre-se que ideias são direcionamentos, e não dogmas; não tenha medo de jogá-las no lixo e conferir outra que já foi descartada, por exemplo.

O objetivo aqui é criar uma espécie de “backup de ideias” com tudo que você rabiscou e anotou ao longo do projeto, assim você sempre terá onde recorrer em momentos de dificuldades. (Seja para pegar um conceito novo ou simplesmente anexá-lo ao atual.)


Respeite o legado da marca [3]

[bs-quote quote=“É vital colocar seu ego à parte e não desconsiderar os logotipos anteriores, assim você poderá refletir entre fazer uma evolução ou revolução” style=“style-17” align=“center” color=”#62366f” author_name=“Dica do Vencedor do Brand Awards 2016”][/bs-quote]

Imagine que sua mãe é branca e loira, mas de repente você chega em casa e a encontra morena e de dreads. (Ou vice-versa) Ela pode ter ficado maravilhosa, mas você vai ficar chocado, não é mesmo?! (Ou até mesmo revoltoso, caso seja um escroto.)

Lembre-se que os clientes da marca estão acostumados com a “cara” dela assim como você está acostumado com a da sua mãe, portanto revirar o logotipo dele 360º pode ser catastrófico para ambas as partes. Avalie caso a caso e você perceberá que, na maioria dos casos, a melhor ideia é dar um passo de cada vez.


O logotipo é apenas um ingrediente [4]

O novo logo da Oi MASSACRA os ignorantes (como a gente), você sabe por quê? 2

Hoje marcas são experiências que são vividas por milhares de pessoas, por isso devem transmitir muito mais que apenas traços bonitos isolados.

Então desprenda-se dos dogmas e comece explore maneiras do logo interagir com outros elementos visuais (ou até mesmo físicos) pois, se fosse para fazer tudo regradinho como ensina a faculdade, é melhor chamar um matemático que saiba desenhar. 😉

Um exemplo? Esse redesign interativo da Oi!


Faça as perguntas certas [5]

O Michael Johnson da johnson banks nos ensinou que todo o processo de pesquisa que precede o desenho são muito mais reveladores que qualquer surto de criatividade que você acredita ter. Ele resume a criação de um logotipo em 6 perguntas:

  • Por que estamos aqui?
  • O que fazemos e como fazemos?
  • No que somos diferentes?
  • Para quem estamos aqui?
  • O que mais valorizamos?
  • Qual é nossa personalidade?

Essas perguntas também são essenciais para quem tem dificuldades para desenhar o logotipo pessoal porque—no fundo, no fundo—um logo até pode ser um desenho, mas ele só presta se tiver um bom conceito.

Largue essa loucura de querer executar (da qual também sou vítima) e deixe o Illustrator esperando porque o sucesso virá da pesquisa, e não de traços. (Há raras exceções, é claro.)


A tipografia importa muito [6]

tipografia sans serif e o minimalismo têm se destacado muito na pós-modernidade, ao ponto de até mesmo as marcas mais sérias estarem se livrando das serifas só para pagarem de novinhas… mas para que mesmo? Só para seguir a onda?

Não caia no erro de achar que o século determina a tipografia que você deve usar, pois algumas marcas como a Oregon State University “precisam” de serifas e ponto! É claro que há exceções, como no incrível redesign da SOH.


Adicione personalidade ao seu logo [7]

A poderosa Northern Trust tem um redesign! 2

Desenvolver uma fonte para cada cliente é muito trabalhoso e o orçamento raramente cobre, né? Não tem problema usar uma fonte já existente, mas lembre-se que você também não precisa usá-la exatamente como ela veio de fábrica.

Um exemplo  é esse logotipo da Northern Trust que deu um toque especial na perna do “R”… É um detalhezinho bobo, mas chama atenção e torna o logo bem mais interessante!


Que tal ilustrar sua tipografia? [8–9]

CLIQUE ↑: Como o formato da garrafa de Coca derrubou a concorrência ◄

Ilustrar as letras de um logo é uma tarefa árdua para muitos designers, mas é preciso lembrar que isso pode resultar em lendas como o logotipo da Coca-Cola!

Isso porque a ilustração resulta em algo muito mais único e envolvente que as infinitas edições da Helvetica que, por melhores que possam ser, continuam sendo apenas variações de Helvetica. (Muitas vezes reconhecidas de cara.)


Explore a serendipidade da sua tipografia [10]

Você não vai resistir ao novo logo de Paris <3 9

nova maca de Paris sai do cliché da Torre enquanto símbolo e transforma o próprio “A” na Torre Eiffel, unindo símbolo e tipografia em um só logo marcante e elegante!

¿A ideia é um espetáculo de inovadora? Absolutamente não, mas  ela ficou linda e funciona super bem em todas as aplicações, de forma que 1) propõe algo novo e 2) ainda evita as dores de cabeça que as versões em símbolo costumam trazer.


Aposte no básico [11]

Este logotipo é tão genial que chega a ser perturbador (logo da Embark)! 8
► Click ↑ e veja esse case INCRÍVEL ◄

Uma vez ou ouvi uma dica de design de logotipos muito interessante: tire todo o excesso do desenho, então tire de novo até só sobrar apenas o essencial.

É assim que nascem belos projetos como esse case da Embark e até mesmo o logo da Nike, que deixam todas as firulas de lado para focar no que realmente importa: o conceito!

Lembre-se dos ensinamentos da grande Siegel+Gale: quanto mais simples o logotipo for, maior a chance dele ser marcante para o público.


Aprenda a psicologia das formas [12]

A Psicologia das Formas de Logotipos! 3
► Clique na imagem para aprender mais ◄

Todas as pessoas em todo o mundo têm percepções inconscientes das formas básicas, por isso é extremamente importante que você as domine para aplicá-las na hora de projetar um logotipo. (Clique na imagem acima!)


Domine grids e estrutura [13]

Logo da Deliveroo

Quem nunca se impressionou vendo um belo logo em proporção áurea? (◄ Embora ela seja uma farsa, segundo Doutores em matemática.)

O grid ajuda a guiar o seu projeto e ainda tem a vantagem de impressionar o seu cliente na hora da apresentação, o que aumenta as chances de você ter o seu projeto aprovado e deixa claro que tudo não foi um mero surto de criatividade!

Aliás, que tal conferir um infográfico sobre o que influencia um cliente na hora de escolher uma marca? 😉


Domine a teoria das cores [14]

Guia Cores: como usar os diversos esquemas de cores? 9

Pesquisas comprovam que cores podem determinar 92% das compras! Dominar as cores é dominar o próprio design em si e, se ela determina as compras, é sinal que determina também a aprovação dos nossos projetos.

Porém seria uma loucura tentar ensinar harmonia das cores em um parágrafo, por isso deixo uma lista que vai te ajudar e MUITO a entender as cores e a fazer marcas mais poderosas.

  1. Como usar as cores no branding [NÃO PERCA ESSE]
  2. Como aplicar os esquemas de cores [MUITO RECOMENDADO]
  3. 12 Cores e suas emoções e aplicações
  4. Paletas de cores inspiradas na natureza
  5. Paletas de cores inspiradas em Pokémon

Sempre procure uma opinião amiga [15]

CLIQUE: Como criar a melhor marca da sua vida ◄

Não apresente nem publique seus projetos sem dar uma consultada com alguém, mesmo que esse alguém seja um completo leigo. Por quê?

É que você está tão imerso no projeto que acaba não vendo absurdos óbvios (exemplos aqui), o que pode te levar a passar uma bela vergonha frente ao seu cliente.

Um exemplo é minha própria carreira aqui no Temporal: você já achou algum erro de português em meus textos? Todos são revisados e revisados e revisados… e ainda saem errados. Como todo redator, eu sou cego para meus próprios erros (e você também)! 😉


Anime o seu logotipo [16]

Animação” tem dois sentidos aqui: criar logotipos cinéticos ou simplesmente animar a versão estática do seu logo.

Mas para que animar? Porque o mundo já está saturado de logos estáticos sem-graça que são meros ícones da empresa; hoje o mundo é digital e isso facilita e muito criar um logos mais vivo, o que gera mais empatia com seu público-alvo e aumenta as chances de sucesso da marca. 😉


Ajude seu cliente na aplicação [17]

Quando prédio cai, quem nós culpamos? Quem pagou pela obra ou o engenheiro que a projetou? Essa mesma lógica se aplica ao seu logotipo.

Não seja tolo de achar que a aplicação é problema do cliente, pois você vai sair de filme queimado e quem ver irá pensar “nossa, que designer de mer..”


Encare com a crítica pública [18]

Essa problema é tão frequente que a gigante Mozilla fez um redesign open-source, para reduzir as chances de linchamento público—e a ideia deu super certo!

Lembre-se que essas revoltas costumam passar: em 2016 estávamos todos revoltosos porque o Instagram mudou de logo, mas hoje todo mundo o acha tão natural quanto se ele sempre tivesse sido daquele jeito. No fim das contas, é tudo questão de habituação!

Então a gente volta lá na dica 3: repeite o legado da marca, mas se ela for tão ruim que precisa ser 100% repaginada, vá com tudo que uma hora o povo engole. 😉


O que você achou desse texto? Algo não ficou claro? (É só avisar que a gente arruma.) Deixe seus comentários e compartilhe esse post, por favor! 😀

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