A Oslo Kommune sofria com uma falta de unidade na sua Identidade Visual. Eram mais de 200 logos, cada organização representando a cidade como bem entendia e resultando numa zona identitária como você nunca viu.
E caso você não conheça Oslo, trata-se da maravilhosa capital da Noruega: uma cidade com mais de 650 mil habitantes e mil anos de história. Seu lema é “Unanimiter et constanter” (latim para “Unida e Constante”) e ela é a número 1 em qualidade de vida na Europa. (Mas também a segunda cidade mais cara do mundo para se viver.)
A cidade se chamava Kristiania até o século passado (em honra ao conquistador Christian IV da Dinamarca), até que em 1925 se renomeou para “Oslo”, ou “A Pradaria dos Deuses”—em honra aos maravilhosos prados que só a Noruega tem a oferecer.
O Novo Brasão de Oslo
[bs-quote quote=“A identidade estava ultrapassada e não-adaptada para as plataformas digitais. Ela não seguia os critérios universais de design, o que impedia que toda a cidade pudesse usá-la uniformemente.” style=“style-13” align=“center” color=“#653971”][/bs-quote]► Sugestão: o redesign da Oslo City Bike! ◄
O problema é que o brasão da cidade de Oslo era complexo e difícil de usar como todo brasão (diferente do Brasão da Oregon State, que é nota 10), por isso cada empresa / organização criava seu próprio logotipo quando precisava representar a Comuna.
Isso obviamente não é nada bom para uma Cidade Global que atrai milhões de imigrantes e investimentos todos os anos, levando à contratação da agência Creuna para dar uma repaginada na marca. Seu foco foi tirar todos os detalhes e criar um novo e super versátil ícone—que é justamente o que está incomodando a galera!
Menos é mais… só às vezes?
44% reprovado, 33% ok e 23% excelente.
O que desagradou a galera no redesign do brasão não foi falta de beleza, mas sim ele ter se tornado mínimo em vez de minimalista. (Uma coisa é ser simples, outra é ser simplista.)
- Você só consegue realmente entendê-lo caso conheça o original;
- Aquelas flechas na mão estão bizarras e parecem mais um ícone de arrastar página;
- Não dá para interpretar o Mó (disco) como tal já que o que tá preenchido é o centro, não o “corpo” do mesmo (¿aliás, por que o centro é quadrado em vez de redondo?!);
- E até o lema da cidade foi jogado fora…
O problema é que o logo deixou de ser um logo e virou um ícone; algo que deveria ficar no cantinho de uma página e não no centro das atenções. Lembre-se que nós projetamos o logo para os outros, não para nós mesmos—o logo não desagrada por falta de qualidade, mas sim por não produzir nenhuma emoção em quem não curte design.
Eu acho ele super legal enquanto designer, mas enquanto turista eu chego a sentir sono só de bater o olho… coisa que só se consertarão com muito branding (e a qualidade de vida local, é claro).
E o pior: olhe o logo de longe e você notará que o ícone não ficou a coisa mais reconhecível do mundo…
Nova Tipografia
↑ Esse é um logotipo criado com as formas do logo, sendo o “O” o disco, e o resto feito dos quadros da coroa e os ângulos das flechas.
Aplicações da Marca
Opiniões & Sugestões
Minha opinião final é que falta naturalidade (que é o fator mais importante em todos os estudos de logo), o que explica tamanha insatisfação dos espectadores.
Talvez isso seria resolvido aumentando um pouco a cabeça e adiciona feição ao rosto, por exemplo. Outra solução seria diminuir a geometria excessiva, que resultou naquele furo quadrado no disco e nessas flechas bizarras que sequer têm ponta.
Novamente: os projetos não são feitos para nós, mas para o público. Embora o logo seja bom, a cidade de Oslo merece mais do que isso.
Mas e você, o que pensa disso tudo? Mantém ou mudaria algo também? Fala aí nos comments! 😀