Redesign da Trivago traz filosofia (e incômodo) para os fãs

Redesign da Trivago traz filosofia (e incômodo) para os fãs

O maior buscador de hotéis do mundo acaba de reinventar seu logotipo introduzindo um símbolo! (O problema é que ele talvez seja filosófico demais para a marca…)


Hotel? É Trivago!

Basicamente, a Trivago é um search engine de hotéis fundado em 2005 que ajuda mais de 120 milhões de viajantes “encontrarem o seu hotel ideal pelo melhor preço”.

A Trivago já se espalhou por todo mundo e conta com mais de 1300 criativos em seu time—que são justamente os criadores do novo logotipo chamado “Wabi”, apresentado hoje:

[bs-quote quote=“O Wabi representa o espírito fluido e progressista da Trivago de forma simples, autêntica e IMperfeita.” style=“style-17” align=“center”][/bs-quote]

Sim, é “imperfeita mesmo” que eles disseram! O nome do logo vem do Wabi-sabi: uma filosofia japonesa do século XV centrada na aceitação da transitoriedade e imperfeição.

Isso porque o Wabi-sabi é parte das doutrinas de desapego do Zen Budismo, que ensina que você deve levar uma vida comum, aceitando suas faltas, defeitos e desapego material—o que deixa sua mente livre para evoluir sempre!

É um conceito um pouco filosófico demais para um mecanismo de buscas ao meu ver, até porque não é possível concluir nada disso sem ler o conceito ou ter um branding forte. (E como você sabe, logotipo é igual piada [se tiver que explicar…])

Mas até aí tudo bem; o problema mesmo está na segunda versão da marca:

Eu não sei você, mas pra mim esse chapado já é imperfeição demais e inclusive explica porquê 70% dos “entrevistados” rejeitaram o símbolo. (Mas aprovaram a tipografia.)

Ficou com uma cara ridiculamente amadora (ao contrário do principal, onde você vê um anel e interpreta à gosto), e tudo isso piora quando você vê as aplicações da marca:

O que é isso? Um O rasgado? Um C torto? Seja lá o que for, não tá legal! O conceito todo se perde no amadorismo do traço—que dificilmente será entendido pelo público ocidental—e isso acaba desvalorizando a imagem da empresa.

Na minha opinião: o principal é bom, alternativo um lixo, e o conceito vai precisar de um branding forte para fazer sentido na cabeça dos clientes—senão vai ser só um símbolo bobo, torto e sem sentido. Mas e você, o que achou?

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