Cento e tenta mil. Esse é o número de flores que você precisa coletar à mão para extrair meio quilo de açafrão.
Essa especiaria tem a fama de mais cara do mundo há séculos — inclusive até foi tida como a cura da peste negra na idade média — e hoje chega a custar 90 MIL reais por quilo em terras tupi.
Eu achei que essa embalagem era luxo demais para 5 gramas de açafrão, mas pelo jeito isso ainda é pouco, não?
Conceito Divino
Embora a mulher não tenha nenhuma origem mitológica (tendo sido escolhida apenas porque as mulheres são as cozinheiras na cultura iraniana), seus adornos são mais do que especiais:
Seu capacete é tomado por flores de açafrão que nascem do tchi, que é o nome dado a essa padronagem de nuvens comumente vista nas artes chinesas.
Arte chinesa essa que tomou o Irã após a invasão mongol no século 13, por isso o tchi traz o céu (divindade suprema do Confucionismo) para a personagem e a dá esse ar de deusa na embalagem, tornando o produto ainda mais valioso.
Não, o bom design não precisa de explicação, mas creio que o público-alvo do Huma não precisa de textão para sentir o ar etéreo desse açafrão!
Design de Embalagem
Só esse frasco espaçado já dá um belo ar premium ao packaging do Huma, mas (in)felizmente isso não basta:
O açafrão precisa ser embalado à vácuo e protegido de luz para não apodrecer, por isso temos essas caixas que contam com o poder do preto e branco para deixar a especiaria ainda mais especial.
Como se a caixa já não fosse linda o suficiente, o designer foi além e emulou mandalas no interior das caixas — um símbolo da ligação com deus na cultura persa — reforçando ainda mais a aura divina desse açafrão
Mas e você, o que achou desse design? Você sentiu (só sentir, não entender) essa aura divina do Huma Saffron desde o início ou precisou ler para entender?