As Sociedades Secretas faziam marketing e branding muito antes das marcas serem marcas!
Em suas maneiras esotéricas, sociedades secretas (como a maçonaria) faziam brandings memoráveis, tendo slogans, estilos, símbolos e cores – identidades visuais completas em pleno século 19, quando marcas mal existiam!
E é dessa história curiosa que trata o livro As Above, So Below – Art of the American Fraternal Society 1850–1930, o qual mostra que estas sociedades não estavam tão preocupadas em serem secretas, mas sim em angariar e conectar membros! De acordo com seus escritores, esses grupos estavam focados em vender experiências aos seus membros, abordando temas como hierarquia, mistérios espirituais e uma conexão profunda entre os membros privilegiados da sociedade.
E para vender essa experiência, o branding contava com litografias espiritualmente poderosas, as quais traziam artes de alegorias de sonhos , figuras como colmeias (símbolo de trabalho em equipe e hierarquia), esqueletos (demonstrando mortalidade) e mãos se apertando (e com corações [em nome da caridade]); tudo em cores Românticas, colocadas em substratos a serem exibidos nas empresas de seus membros, como uma forma de propaganda da sociedade!
Talvez isso soe bobo agora, mas lembre-se que estamos falando de 1850, quando a palavra “branding” sequer existia. A arte já estava sendo fortemente usada por essa galera, em combinação com todo um conceito institucional para empoderar seus membros – e exaltar as instituições a um nível que as faz famosas até hoje, em um tempo no qual estão mais esquecidas e, de fato “secretas”!
E para produzir todo esse branding, essas várias organizações secretas necessitavam de toda uma indústria: essas sociedades produziram catálogos elaborados e fizeram um proto-marketing agressivo para seus produtos – em um dos casos, os fundadores de uma nova sociedade secreta criaram uma empresa de fornecimentos para suas novas lojas, basicamente gerando a oferta para sua própria demanda, uma bela demonstração de como abater uma fraqueza na matriz SWOT!
Além disso tudo, o branding se estendeu para itens físicos: como estandartes, cetros e outros itens que não só davam vida às Lojas, como enalteciam seus eventos públicos: imagine estes homens poderosos, com vestes peculiares, artes agressivas e itens “espiritualizados” marchando publicamente – uma maneira extremamente forte de chocar e atrair o povo, como esperamos de grandes campanhas hoje em dia!
Ah, e uma boa notícia mais abaixo!
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