Como desenhar a melhor marca da sua vida [Dicas Premiadas]

Como desenhar a melhor marca da sua vida [Dicas Premiadas]

Os vencedores do Brand Impact Awards compartilharam os grandes segredos que fazem deles designers premiados em criação de logotipos / marcas! Confere aí. 😉

Tópicos do Artigo 

Criando Logos no Século 21

O designer que faz identidades visuais baseado apenas em um briefing está uns 10 anos atrasado em relação ao mercado. Vivemos em tempos de branding, onde é preciso conhecer de verdade não apenas o que o cliente tem a dizer, mas o que seus clientes internos e externos pensam da marca.

Pedir apenas um briefing é como um médico que trata seus pacientes apenas com consultas: “você tá sentindo x e y, né? Caroço e sangramento estranho aí… mas não vamos fazer exame não! Vou preparar um remédio bacana aqui pra você!”

Quantas milhões de mortes a mais teríamos se os médicos se limitassem a consulta (ou seja, ao briefing) tratar seus pacientes? Todos estariam presos em questão de meses.

Tenha em mente que o briefing é apenas uma introdução ao problema e—assim como um médico só trata com briefing casos de gripe—você só deve usá-lo para clientes pequenininhos. Tirando casos como esses, você não deve fazer briefings, mas sim relações!

Sem um relacionamento colaborativo, baseado em confiança e respeito mútuo, tudo que o designer pode oferecer é uma interpretação pessoal da marca em vez do que o cliente realmente precisa.Vencedor do Brand Impact Awards

Lembre-se sempre: uma marca é uma promessa! O que você pode prometer algo relevante para um estranho? N‑a-d‑a.

É o cliente e os funcionários dele que criaram e vivem a marca, e é justamente por isso que eles tendem a questionar todas as artes que você entrega para eles. “¿Quem é esse cara para dizer como minha marca deve ser?”, diz o subconsciente do seu cliente.

Por isso envolva todos no projeto, pois como afirma o tri-premiado Michael Johnson:

Eu até poderia fazer um trabalho igualmente bom apenas com um briefing, mas eu precisaria do triplo do tempo para fazê-lo.

É sua obrigação ir conhecer a empresa, ver se o que o cliente diz casa com o que os funcionários dizem e, principalmente, se os clientes realmente concordam que a marca (enquanto empresa, não logo) realmente é o que o briefing diz.

Não esqueça que as pessoas mentem e que o seu cliente fará de tudo (mesmo que sem maldade) para te passar uma visão ideal do negócio dele—o que comumente cai por terra quando o designer faz seu trabalho de campo.


A Complexidade do Branding

Unir times sempre melhora todos os processos de decisão.Moving Brands

Consideremos o redesign da BBC, por exemplo: a empresa já tem um time de design interno, mas que obviamente é focado em editorial e não em Branding.

Por isso eles contratam a grande Moving Brands para o job e, em vez da agência simplesmente pegar um briefing e fazer umas entrevistas, eles exigiram que designers de ambos os times frequentassem os escritórios uns dos outros. Por quê?

  • Para os designers da Moving entenderem a marca por dentro, não por briefing, e como seus designers trabalham;
  • Para os designers da BBC entenderem que ninguém estava alí roubando job deles, e também como aplicarem todo o arsenal da Moving em prol da BBC. (Que eles já conhecem muito melhor.)

CUPOM: TEMPORALC-10CONTO LINK PARA CURSAR

Até Design pode ser Open-Source

O novo logotipo do Mozilla já foi escolhido! 1
O primeiro grande design open-source do mundo

A Johnson Banks, uma agência igualmente premiada, promove workshops para estreitar a relação entre agência e cliente. A ideia é que todos caminhem juntos no processo para impedir que o cliente termine com aquela sensação de “¿donde o cara tirou essa ideia!?”

É por isso que eles tornaram o redesign da Mozilla open-source, levando todas as suas criações não apenas à Mozilla, mas ao voto-popular! O resultado? Um logotipo aplaudido e amplamente aceito pela comunidade já que todos participaram do processo. (Diferente do redesign do Instagram, que mudou do nada em 2016.)

Outro design em que a colaboração fez toda a diferença foi no London’s Science Musem, o qual os designers da Banks visitavam frequentemente para entenderem como era o dia-a-dia do Museu e como os visitantes experienciavam a marca.

Esforço esse igualmente feito pelos funcionários do Museu, que passaram a frequentar a Jonhson Banks para entender o processo de desenvolvimento e como a solução final, seja lá qual fosse, seria perfeita para atender as necessidades da marca.


Contato é Vital (& Irritante)

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Cuidado para não contatar demais o cliente: ele tem mais o que fazer, e o excesso pode fazê-lo duvidar que você sabe o que está fazendo.

Certifique-se que os seus contatos iniciais com os manda-chuvas foram bem produtivos, senão você terá que contatá-los de novo e de novo e logo eles terão a impressão que eles que estão projetando.

O objetivo aqui é coletar informações suficientes para carregar 90% do projeto só com trabalho de campo, deixando o contato com o contrante apenas nas transições de etapa (tipo primeiro conceito, primeiro rough, primeiro vetor, etc.). Se você fizer tudo direitinho, ele notará que você realmente está entendendo a empresa e até fará menos pedidos de alteração já que ele está a par do processo!

É importante que o designer visite o cliente e pegue o ‘feeling’ da organização e ambiente; essas coisas falarão muito mais do que o briefing.

Nós, designers, temos a ilusão que temos total domínio do projeto e acabamos não percebendo que uma marca não é um logo, mas sim quem dá o sangue por ela dia após dia.

Uma colaboração bem-sucedida balanceia o modo de trabalhar do estúdio com o do cliente, sem que um tente impor suas visões sobre o outro.

Lembre-se que o cliente te procurou porque ele não domina o design gráfico, mas lembre-se também que quem entende da área dele é ele. Você provavelmente não sobreviveria meia semana na cara dele, por isso é inadmissível que você pense que ele está alí só atravancando o seu caminho.

Veja o projeto como uma via de mão dupla: ele te procura porque sabe que você é quem manja de estratégia visual, e você irá procurá-lo por reconhecer que ele que entende dos negócios que ele faz.

Não cometa o erro de achar que você é o sabichão pois, se isso fosse verdade, não viveríamos reclamando do salário medíocre que muitos nós recebemos. É preciso ser humilde e respeitar o trabalho de cada um.


Aquele Famoso PNCcomo-criar-o-melhor-logo-da-sua-vida

Mais difícil do que ter uma ideia inovadora é lidar com um cliente que acha que você está alí só para desenhar o que está na cabeça dele (ou que você só depende de uma iluminação divina para projetar o logotipo dos sonhos).

Seja honesto e parceiro do seu cliente: deixe claro que vocês estão juntos para trazer a melhor solução para o desafio e não para usurpar um ao outro.

Se ele quer comandar todo o projeto, então para que chamar um designer? Bastaria procurar um amigo que desenha bem e dar as regras, não é mesmo?

Quando o cliente diz estar ocupado demais para conversar desde o início do projeto, é improvável que o branding dê certo. Se você se vê num ponto sem diálogo, talvez seja a hora de descartar esse cliente!

Se você sentir que você está apenas desenhando as loucuras criativas dele, chame‑o para conversar respeitosamente (ele pode te prejudicar mais do que você pode prejudicá-lo, lembre-se disso) e fale sobre a sua experiência na área e sobre a importância da confiança.

Saiba que nenhuma das maiores agências do mundo cresceu graças ao isolamento, mas sim do bom relacionamento com os clientes. Quanto maior a colaboração, maior o progresso, e por consequência menores os pedidos de alteração e maiores as fidelizações de clientes.

Veja-se como um homem / mulher de negócios construindo pontes entre design e marcas e você logo estará entre os melhores designers da sua região! 😉

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